Death Stranding: O que saber antes da continuação On The Beach.
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- 25 de jun.
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Relembre os principais acontecimentos da história de Death Stranding antes de começar o novo jogo.
25/06/2025 por Erick Fagundes
Este post servirá como um guia rápido para todos aqueles que jogaram Death Stranding e irão jogar Death Stranding 2: On The Beach. Não farei um detonado da história, mas entrarei em spoilers, portanto, se você não jogou o primeiro e quer ter a experiência inédita, recomendo voltar aqui depois.
Death Stranding 2: On The Beach será lançado (para aqueles que não compraram a versão deluxe) dia 26/06 para Playstation 5, e algo que chamou atenção nos trailers é a frase "Não deveríamos ter nos conectado". Mas nos conectado com quem? A quê? De que forma? Ou então a maior pergunta que sempre temos ao jogar ou ver algo dos jogos do Kojima: do que esse cara tá falando?
Irei responder a todas? Óbvio que não, mas vem comigo tentar, ao menos, relembrar como o primeiro jogo acabou e qual o cenário em que estamos para o início do segundo jogo.
DESCONECTADOS.
Death Stranding se passa em um futuro não tão distante do nosso, em que a tecnologia e a internet chegaram a um ponto tão avançado que as pessoas se isolaram completamente em suas casas. Algumas montaram pequenas comunidades, já outras preferiam interagir somente online com as pessoas.
Quando as obliterações do Death Stranding atingiram o país e o ambiente se tornou hostil, todos perderam a fé de que haveria um futuro e um motivo para criar laços, afinal, tudo ia acabar mesmo. Mas o que gerou essas obliterações?
AS PRAIAS ENCALHARAM.
A partir desse ponto começarão os spoilers.
No decorrer do jogo, nós descobrimos que o Death Stranding é um mecanismo de evolução do planeta Terra. Esse fenômeno já ocorreu cinco vezes e é um evento programado. Através de uma Entidade de Extinção (os EEs), o evento ocorre com o intuito de "só os fortes sobrevivem".
Nós nos encontramos no momento em que essa Entidade já está com o plano em percurso para extinguir a humanidade. Os mortos acabam retornando para o mundo dos vivos em formas de EPs (Entidades Praianas), e ter contato com essas criaturas pode ser mortal (99% das vezes, se você não se chama Sam Porter Bridges).
No mundo de Death Stranding, quando uma pessoa morre, ela acaba gerando uma explosão massiva, capaz de obliterar cidades inteiras, e foi isso o que aconteceu quando muitas pessoas começaram a morrer após terem contato com os EPs. Dessa forma, o mundo que conhecemos foi totalmente alterado, cidades inteiras sumiram do mapa e as poucas pessoas que restaram passaram a ter medo de sair de suas casas. Mas a vida não podia parar, necessidades básicas ainda existiam, a humanidade precisava de ajuda. Então, um órgão foi criado para tentar reconectar as pessoas e ajudá-las: a UCA.
UNITED CITIES OF AMERICA
A UCA é o que restou dos Estados Unidos, são as Cidades Unidas da América. No cenário inicial do jogo, é presidida pela Bridget Strand e, para conseguir ajudar o que restou da América, criou a Bridges.
Sua principal função é reconectar a América através da rede quiral (a internet criada após as mudanças no mundo). É a serviço dela que nosso Sam Porter sai mundo afora escalando montanhas, descendo rios e enfrentando EPs.
COM QUEM NOS CONECTAMOS?
Bridget Strand
No início do jogo, é a atual presidente da UCA, mãe adotiva do Sam e quem pede a ele ajuda para cruzar o país reconectando as cidades e para "resgatar" a Amelie.
Bridget foi a responsável pelos primeiros experimentos na criação dos BBs (bebês bridges).
Foi ela também quem matou o primeiro BB acidentalmente, ação essa que desencadeou os acontecimentos do Death Stranding da nossa atualidade devido ao que a Amelie fez na sequência.
Amelie Strand
O nosso objetivo durante o jogo é salvá-la. Descobrimos então que ela e Bridget são a "mesma" pessoa. Ela é a alma da Bridget que se separou do corpo e fica na Praia. Após Bridget ter matado o primeiro BB no mundo físico, Amelie vai até a Praia e revive o BB.
Fazendo isso, ela abriu a porta do mundo dos vivos para os mortos e foi o que deu início ao Death Stranding. Mas por que ela fez isso? Porque Amelie é a Entidade de Extinção da nossa era.
E ela sabia que, revivendo aquele BB em específico, o evento se iniciaria, mas sabia também que aquele BB poderia ser o responsável por adiar a extinção. Sim, ela fez tudo de caso pensado.
Cliff Unger
Um dos personagens mais misteriosos durante o jogo todo e também um dos mais importantes. O desfecho de sua história revela pontos importantes que mudam toda a visão do jogo.
Ele é o pai do primeiro BB, que foi morto pela Bridget e ressuscitado pela Amelie. Ele também foi morto junto com o BB e, durante o jogo todo, volta para "assombrar" Sam e tentar resgatar seu filho, sempre com a pergunta "cadê meu bebê?".
Descobrimos então que ele estava o jogo todo atrás do Sam, pois Sam é o primeiro BB, e Amelie o ressuscitou sabendo que ele seria capaz de reconectar a América. Um lance bem Dark, eu diria.
Fragile
Não dá para falar dela sem lembrar da frase "Eu sou a Fragile, mas não sou frágil". Ela é uma das principais aliadas de Sam durante a jornada, ajudando nos fast travels e alertando sobre perigos importantes, como na missão da bomba.
É também quem mais consegue se conectar emocionalmente com ele, talvez sendo sua primeira ligação real com alguém.
Seu principal objetivo é recuperar a reputação da sua empresa, manchada após entregar, sem saber, uma bomba que destruiu uma cidade a mando de um terrorista.
Mais tarde, ao tentar impedir um novo ataque, ela é forçada a atravessar uma chuva temporal sem proteção, o que envelhece boa parte do seu corpo. Isso gera um novo objetivo pessoal: buscar vingança.
No final, ela se mostra uma personagem confiável e próxima de Sam, com indícios até de que a relação entre os dois pode ir além da parceria.
Higgs
Sabe o terrorista que falamos na história da Fragile? Muito prazer, Higgs Monaghan. Todas as aparições dele no jogo são uma reviravolta, algo pra nos tirar da zona de conforto. Ele é o agente do caos da nossa expedição rumo ao oeste. Tudo isso porque ele foi seduzido pelos poderes e objetivos da Entidade de Extinção (Amelie) e resolveu ajudá-la a cumprir o seu objetivo. Sendo o líder da célula terrorista Homo Demens, Higgs vai em busca de acelerar o processo do Death Stranding. O que ele não sabia era que a Amelie tinha dois planos: fazer o Death Stranding acontecer e, ao mesmo tempo, salvar a humanidade.
Ao descobrir isso, Higgs se revolta e resolve agir por conta própria, e nesse momento é ele quem desmascara a Amelie e expõe para todos que ela é a Entidade de Extinção. No último confronto com ele, nós o derrotamos e o deixamos para a Fragile decidir o seu futuro. Ela então fala que ele tem duas opções: se matar ou ficar preso na Praia e não voltar ao mundo real. Ele escolhe a segunda opção. Porém, como já vimos nos trailers do 2, o homem está de volta e tocando guitarra.
Deadman, Die-Hardman, Heartman, Lockne, Mama
Também foram peças importantes ao longo da jornada. Deadman, com seu papel mais emocional e técnico; Die-Hardman, como líder da Bridges e figura de confiança da UCA; Heartman, com sua obsessão pela vida após a morte e seus mergulhos no mundo espiritual; e Lockne/Mama, responsável por permitir o avanço da rede quiral no oeste. Suas histórias se fecham relativamente bem no primeiro jogo, mas deixaram boas impressões e podem voltar com papéis diferentes na continuação. Quem quiser se aprofundar, recomendo ouvir o nosso episódio especial sobre Death Stranding, onde detalhamos a trajetória de cada um.
Link para o episódio: http://bit.ly/44mj69X
Lou/Louise
Por último, e bastante importante, chegamos à fofinha da Lou. É a bebê que nos acompanha e nos ajuda a identificar os EPs. Sam cria um vínculo tão forte com o, até então, BB que carregava que acaba a tratando como Lou, sua filha que morreu antes do início dos eventos de Death Stranding. Ao fim de toda a jornada do Sam, o seu BB (equipamento de reconhecimento e rastreio) fica inutilizado, pois aprendemos que os BBs têm vida útil de 1 ano. Sam é orientado a levar o BB até a incineradora mais próxima e se desfazer do equipamento.
Chegando lá, tomado pelos sentimentos e laços criados, Sam não consegue dar um fim ao BB e então o tira da sua cápsula e tenta revivê-lo. Essa é uma das cenas mais lindas e tristes ao mesmo tempo do jogo todo. Com um cordão umbilical espectral se formando, amarrado à Lou, e outros bebês BTs flutuando acima dos dois, um Sam abatido segura Lou em seu abraço. Para a surpresa de Sam, Lou solta um grito irritado e volta à vida.
Amelie havia novamente revivido um BB e dado alma a ele. Sam sai do incinerador com a Lou no colo enquanto uma chuva cai sobre os dois, chuva que, pela primeira vez, não é temporal, o que levanta a ideia de que o mundo iria mudar novamente. Mas também deixa muitas dúvidas.
O que esperar para Death Stranding 2?
Pelos trailers e pela pergunta que falei no começo do texto, podemos esperar que tudo o que fizemos no primeiro jogo deu merda. E agora iremos tentar limpar a sujeira ou conter os danos causados. Fora também pensar na questão da Lou. No primeiro jogo, o BB que a Amelie ressuscitou foi de caso pensado para que o seu plano do Death Stranding desse certo. Será que com a Lou foi igual?
E o Higgs está de volta e mais puto e badass das ideias do que no 1. Mas como ele fugiu da Praia? Quem ajudou ele?
Tem muita coisa a ser respondida e também muita coisa que foi apresentada nos trailers que nos dão a certeza de que o Sr. Hideo Kojima dobrou a aposta. E é isso o que queremos, mais um jogo maluco cheio de cutscene insana e muito plot twist.
Se você chegou até aqui e ainda sente que não entendeu tudo, não se preocupe. Você está exatamente onde o Kojima queria que estivesse.
E sim, nós deveríamos ter nos conectado.
Excelente resumo! Parabéns pessoal
Absolute texto! Vamos nos ajudar em DS2, estou pronto!
Amei!!!! Ótimo resumo! Me sinto pronta.