Qual história de The Legend of Zelda?
- Jean KoreiaJr Azevedo
- 3 de ago.
- 2 min de leitura
03/08/2025 por Jean "Koreia Jr" Azevedo

A franquia The Legend of Zelda constrói sua narrativa a partir de um ciclo eterno de conflito entre três forças: a Coragem de Link, a Sabedoria de Zelda e o Poder de Ganon. Desde 1986, a série desenrola histórias que se passam em diferentes épocas, universos e linhas do tempo, reforçando o conceito de que o mal sempre retorna, assim como um herói destinado a enfrentá-lo.
A origem da lenda é apresentada em Skyward Sword (2011), onde Zelda é a reencarnação da deusa Hylia, e Link seu protetor escolhido. O antagonista Demise lança uma maldição que perpetua o ciclo de renascimentos entre herói, princesa e a força sombria. É nesse contexto que nasce a Master Sword, a espada sagrada que liga o mundo mortal ao divino.
Depois, The Minish Cap e Four Swords expandem o universo, mostrando o surgimento do feiticeiro Vaati e os primeiros confrontos contra o poder corrompido. Esses jogos acontecem na Linha do Herói Criança, após os eventos de Ocarina of Time e Majora’s Mask, refletindo um passado alternativo da série.

O ponto de divisão central da cronologia está em Ocarina of Time (1998), que gera três linhas temporais oficiais:
- Linha do Herói Adulto: após derrotar Ganon, Link é enviado de volta no tempo por Zelda, criando um futuro onde ele desaparece. Esse futuro dá origem a jogos como Majora’s Mask, Twilight Princess e Four Swords Adventures. 
- Linha do Herói Criança: Link retorna à infância para prevenir o desastre. Neste universo, Ganon nunca ascende ao poder, levando a eventos como The Minish Cap, Four Swords e Majora’s Mask. 
- Linha da Derrota do Herói: onde Link é derrotado por Ganon, que obtém a Triforce completa. Essa linha inclui títulos como A Link to the Past, Oracle of Ages/Seasons, Link’s Awakening, Tri Force Heroes, The Legend of Zelda (original), Adventure of Link e A Link Between Worlds. 
The Wind Waker, Phantom Hourglass e Spirit Tracks ocorrem na Linha do Herói Adulto, apresentando um mundo inundado e em reconstrução.
Por fim, Breath of the Wild (2017) e Tears of the Kingdom (2023) estão posicionados em um futuro distante e indefinido. A Nintendo não confirma que esses títulos unificam as linhas temporais anteriores, apenas que sua história acontece após eras imensas de conflito, numa nova fase para Hyrule.

Essa complexidade permite que a série explore diferentes temáticas e tons, mantendo uma mitologia rica e em constante evolução.
Adaptação para live-action: desafios e oportunidades
Para uma adaptação live-action, Ocarina of Time é o ponto ideal de entrada, pois sintetiza a essência da saga: crescimento, sacrifício e confronto com o destino. Futuras produções poderiam abordar as outras linhas e eras, preservando os pilares da franquia: a jornada do herói, o papel da princesa e a ameaça sempre presente do mal.
Contar essa lenda na tela grande exige respeito à sua complexidade e sensibilidade para manter a alma que encanta jogadores há quase quatro décadas. Um live-action bem conduzido pode tornar a saga ainda mais grandiosa, sem perder a profundidade emocional que sempre esteve no coração de Hyrule.




Que aula!!! Excelente texto
Parabéns turma