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O futuro é multiplataforma? Depende para quem!

16/07/2025 por Cloud Strife



Nos últimos anos, o discurso da indústria caminhou em direção à ideia de que todos os jogos deveriam ser multiplataforma. Mais acessibilidade, mais alcance, mais vendas. Na teoria, o modelo parece ideal. Mas na prática, ele não representa a realidade de toda a comunidade gamer — nem o futuro de todas as plataformas.


O crescimento da "cross-distribuição", liderado principalmente pelo Xbox, criou a percepção de que as exclusividades não fazem mais sentido. Hoje, grande parte dos títulos da Microsoft chegam simultaneamente a PC, console e até plataformas concorrentes. Mas isso não impediu que a marca continuasse perdendo espaço em hardware.


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Exclusividade ainda é fator decisivo de compra


Mesmo com o avanço do ecossistema Xbox, o comportamento do consumidor revela outra lógica. Os usuários continuam comprando consoles por causa de experiências únicas. The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom vendeu mais de 20 milhões de cópias apenas no Switch. Spider-Man 2, só no PlayStation 5, superou 10 milhões - e só depois soltou suas teias no PC.

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Esses números não são casos isolados. A força de um console ainda está diretamente ligada à força de sua biblioteca de títulos exclusivos. É o que justifica a compra do aparelho, a fidelidade à marca e o engajamento nas redes sociais. O software continua sendo o principal motor do hardware.


Multiplataforma favorece a publisher — não a plataforma


Para as grandes editoras, publicar multiplataforma é uma decisão de negócios. Call of Duty, FIFA e Fortnite são gigantes que precisam de volume. Mas para as empresas que fabricam consoles, o jogo é outro. Sony e Nintendo sabem que, sem exclusividade, a identidade da marca se dilui. E isso custa caro a longo prazo.


A PlayStation, mesmo em um cenário mais flexível, segue adotando uma política seletiva. Jogos chegam ao PC, mas com meses ou anos de diferença. God of War, Horizon, The Last of Us — todos chegaram fora do lançamento original. A exceção não vira regra. O conteúdo ainda serve à estratégia de plataforma.


O público quer diferenciação, não apenas acesso


No centro dessa discussão está o jogador. Muitos acreditam que “mais acesso” é sinônimo de futuro, mas desconsideram o fator emocional da compra. Donos de PlayStation e Nintendo não investem apenas em gráficos ou desempenho. Eles compram uma experiência, uma cultura, um ecossistema que entrega algo que só aquela marca oferece.


A comunidade da Nintendo é um exemplo direto. Mesmo com limitações técnicas, o Switch é um sucesso global por causa dos jogos que só existem ali. Os fãs não querem Mario Kart em outras plataformas. Eles querem Mario Kart do jeito Nintendo. E isso se repetirá no Switch 2, você sabe disso né? E isso vale também para Astro Bot, Ghost of Tsushima e muitos outros para o lado PlayStation — mas Bloodborne bem que poderia… deixa.


O futuro depende da identidade — e não de estar em todo lugar


A ideia de um mercado 100% multiplataforma é atraente para investidores, mas ignora como os jogadores se conectam com os consoles. O futuro dos games será multiplataforma para quem joga em PC ou serviços. Mas para quem valoriza identidade de marca, a exclusividade ainda será a base de escolha e pertencimento.


A diversidade de acesso é bem-vinda, mas não substitui a força da proposta exclusiva. O futuro dos games não será igual para todos — e isso é uma boa notícia. Significa que ainda há espaço para experiências únicas, marcas com propósito e comunidades que escolhem mais do que apenas onde rodar um jogo.


O que você acha disso VLHzeiro?



2 comentários


Bruno Marques
Bruno Marques
16 de jul.

É aquela velha história, ser fácil demais te desvaloriza.

Pra que comprar um Xbox se posso ter um Playstation que roda jogos do Playstation E Xbox?

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Juliana Bolzan
Juliana Bolzan
16 de jul.

Jogo Xcloud, mas eu amo mesmo a Playstation 💙

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