top of page

Clair Obscur repete Hades e desafia um “colosso PlayStation” rumo ao GOTY

Atualizado: 11 de jul.

09/07/2025 por Cloud Strife


ree


Em 2020, um jogo independente conquistou o mundo. Hades, da Supergiant Games, superou expectativas com uma mistura elegante de narrativa mitológica, combate refinado e estilo visual marcante. Enquanto os olhos do mercado se voltavam para superproduções como The Last of Us Part II e Ghost of Tsushima, o indie mostrava que talento e visão criativa bastam para marcar uma geração. Mesmo sem levar o troféu principal do The Game Awards, tornou-se símbolo de uma virada cultural que redesenhou o papel dos estúdios independentes na indústria.


Cinco anos depois, a história ganha ecos com Clair Obscur: Expedition 33, o primeiro grande lançamento da francesa Sandfall Interactive. Seu estilo pictórico, inspirado no impressionismo, aliou beleza a um sistema de combate por turnos que mescla reflexo e tática. A proposta, inédita em tom e ritmo, surpreendeu ao unir profundidade emocional e acessibilidade mecânica — duas qualidades frequentemente tratadas como opostas. Como Hades em seu tempo, Clair Obscur chega ao fim do ano embalado por aclamação crítica, alto engajamento da comunidade e uma sensação de que algo novo foi revelado.


Pausa para lembrar de Baldur’s Gate 3!


Claro, no meio do caminho tivemos Baldur’s Gate 3. Sem diminuir o impacto desse outro jogaço de turnos para os amantes do RPG que se destaca pela imprevisibilidade e liberdade, que também competiu com Marvel’s Spider-Man 2 e outros jogaços na época, a franquia já era estabelecida e tinha uma base de fãs. Maelle e Gustave, em outra rota, constroem um legado em 2025.


Continuando nossa visão “Clair Obscur”


Mas, como em 2020, o palco principal tem outro titã. Death Stranding 2: On the Beach é o retorno de Hideo Kojima à ficção pós-apocalíptica, com tudo o que isso implica: ambição estética, narrativa críptica e uma produção técnica de vanguarda. O jogo entrega experiências únicas, mantendo o tom provocador do original e expandindo temas sobre isolamento, tecnologia e legado. Como The Last of Us Part II cinco anos atrás, a obra de Kojima chega com prestígio e peso autoral, capaz de transformar a premiação em um confronto simbólico entre tradição e reinvenção.


ree

A diferença está no momento. Hades pavimentou o caminho para jogos como Clair Obscur serem vistos como candidatos legítimos, não como surpresas ou exceções. A indústria mudou, e o público também. A estrutura das premiações reconhece hoje o valor do risco criativo e da inovação mecânica, não apenas do escopo ou orçamento.


Se vencer, Clair Obscur não será lembrado como o indie que desafiou gigantes, mas como o projeto que consolidou uma nova fase dos videogames. Mesmo que On the Beach, e quem sabe Ghost of Yotei, também da PlayStation, leve o troféu, a temporada de 2025 já consagra o que mais queremos: jogos com alma, que sobem ao olimpo, e nos dão esperança em meio a uma indústria onde os números de vendas e pixels é o que realmente contam para muitos. Como é bom gostar de videogames!



Comentários


bottom of page